Entre os principais problemas da região estão: rede elétrica ultrapassada e vulnerável, falta de calçadas e ciclovia, buracos no asfalto, falta de escola e trânsito caótico. Os recorrentes alagamentos e o crescimento imobiliário desordenado também tiram o sono de quem escolheu a tranquilidade desses bairros para viver.
O Canal do Rio Morto, uma das portas de entrada dos bairros, foi dragado pela Prefeitura do Rio recentemente. O líder comunitário Delfim Aguiar aponta os problemas recorrentes do bairro. “A dragagem melhorou muito as condições de circulação às margens do canal, já que foi retirada toda sujeira. Isso não significa que seja preciso afundá-lo, pois essa medida poderá trazer alagamento para as Vargens, que estão abaixo do nível. O que nós precisamos é que as autoridades construam o ‘enrocamento’, com 500 metros mar adentro, na saída do canal. O projeto foi aprovado pela Prefeitura e pelo Estado”, analisa.
Aguiar pede mais diálogo entre os moradores dos bairros e as autoridades. “Quem sabe dos problemas das Vargens são as pessoas que aqui residem. Gostaríamos de ver solucionados os problemas de transporte, esgotamento sanitário, abastecimento e distribuição da água, inauguração de um posto de saúde na Comunidade Cesar Maia, funcionamento 24 horas do posto de saúde Cecília Donnangelo e controle urbano. Precisamos também do ônibus da liberdade e uma escola de segundo grau. Nossas crianças estudam na Rocinha, porque esse tipo de colégio não existe nas Vargens nem no Recreio”, afirma.
Christina lembra ainda que faltam ao bairro urbanização e preservação do meio ambiente. “O ideal seria alargar as vias de circulação, criar uma ciclovia que ligasse o bairro à praia do Recreio, cuidar melhor das encostas e modernizar a rede elétrica. O mínimo que se pede é preservar o estilo de vida desses bairros”, enfatiza.
A Subprefeitura da Barra e Jacarepaguá informa que enviará uma equipe para verificar essas questões. De acordo com o Subprefeito Tiago Mohamed, a dragagem do Rio Morto já terminou e o rio foi desassoreado e alargado. Recentemente, foi colocado quebra-molas na Estrada do Rio Morto, em frente à Escola Municipal Frei Gaspar, a pedido da direção da escola.
Em relação ao posto de saúde na Comunidade Cesar Maia, as obras estão em fase final e a previsão é de que seja entregue em aproximadamente 40 dias, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A SMS esclarece ainda que os postos de saúde de forma geral, assim como o posto Cecília Donnangelo, não têm funcionamento 24 horas, atividade que compete às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Fonte: Associação de Imprensa da Barra