A importância do exercício físico na rotina é cada vez mais enaltecido pela ciência
Um estudo feito na Suécia apontou que praticar exercícios aeróbicos regularmente funciona tão bem como a terapia de relaxamento ou o tratamento com drogas antiepilépticas na prevenção de enxaquecas.
“Esta abordagem não-farmacológica pode ser uma opção para o tratamento profilático da enxaqueca em pacientes que não se reagem bem com remédios ou não querem medicação diária”, escreveram a Dra. Emma Varkey e seus colegas do Instituto de Neurociências e Fisiologia da Universidade de Gotemburgo, na revista Cephalalgia.
A equipe de Varkey dividiu pacientes aleatoriamente em três grupos, durante três meses: o primeiro grupo praticou exercícios aeróbicos em uma bicicleta estacionária (40 minutos três vezes por semana), o segundo participou de uma forma padrão de terapia de relaxamento e o terceiro recebeu medicação diária.
Estudos anteriores mostraram que a terapia de relaxamento e medicação são eficazes para a prevenção da enxaqueca, ressaltaram os pesquisadores em seu estudo.
As 91 mulheres no estudo eram todas pacientes de uma única clínica sueca para tratamento da dor de cabeça. Elas estavam entre os 18 e os 65 anos, tinham diagnóstico de enxaqueca e sofriam crises de dor de cabeça de duas a oito vezes por mês.
Todos os três tratamentos reduziram a freqüência de ataques em até três quartos, embora a redução média tenha sido mais modesta.
Drogas x exercício físico
Em um email à Reuters Health, Varkey admitiu que ela estava um pouco surpresa com a pequena diferença entre os grupos.
“O Topiramato é uma droga que vinha mostrado grandes resultados nos estudos. Foi um pouco surpreendente e muito interessante que a mudança no número de ataques de enxaqueca foi quase semelhante em todos os três grupos”, disse ela.
“O único parâmetro em que o Topiramato foi melhor em comparação com o exercício e com o relaxamento foi na redução da intensidade da dor”, Varkey acrescentou. “Por outro lado, as opções não-farmacológicas não demonstraram efeitos colaterais e o grupo que fez exercício aumentou o consumo de oxigênio, o que é muito positivo.”
E os efeitos colaterais?
Nenhuma das mulheres no grupo de relaxamento ou no grupo de exercícios relataram efeitos colaterais, mas oito mulheres (33%) no grupo que tomou Topiramato sim, além disso três delas se retiraram da pesquisa. Os efeitos colaterais mais comumente relatados da droga incluem dormência ou formigamento, humor, fadiga depressão, vertigem e constipação.
A importância do exercício físico
A constatação de que o exercício não é inferior ao tratamento com o Topiramato é “de grande valor”, disseram os pesquisadores em seu relatório, porque os pacientes procuram frequentemente opções não-farmacológicas para a enxaqueca.
Fonte: https://www.foxnews.com/health/exercise-may-offer-drug-free-migraine-prevention
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