A relação entre o bem-estar mental e a prática de atividades físicas é mais profunda do que se imagina. A neurociência já demonstrou, por meio de estudos, que a prática regular de exercícios físicos tem o potencial de reduzir significativamente o risco de várias doenças, indo além das doenças cardíacas que eram anteriormente enfatizadas. Um exemplo notável é o mal de Alzheimer, que atualmente afeta 1,2 milhões de brasileiros.
Além da prevenção, a prática de exercícios físicos também pode minimizar os sintomas do Alzheimer, ao aprimorar a “comunicação” entre as regiões cerebrais afetadas pela doença. O Dr. Paulo Mattos, médico e pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), esclarece que o exercício não somente aumenta a expressão gênica, mas também a produção da proteína BDNF, que desempenha um papel fundamental na geração de novos neurônios.
As atividades aeróbicas, por sua vez, promovem uma melhor circulação sanguínea no cérebro, um fator adicional que contribui para reduzir o risco de demência. De forma intrigante, percebe-se que a influência positiva do exercício na saúde cerebral durante o envelhecimento e na prevenção de demências parece ser mais significativa do que o foco tradicional na atividade intelectual após a aposentadoria, uma ideia que sempre foi enfatizada.
Associado à velhice, o mal de Alzheimer manifesta-se em cerca de 60% dos casos de demência entre indivíduos com mais de 60 anos. Com o crescimento da expectativa de vida em escala global, projeta-se um aumento proporcional de idosos, o que naturalmente resultará em um incremento das incidências de demência.
É crucial que a atenção e o cuidado se dirijam não somente ao paciente com Alzheimer, mas também à família que, especialmente durante as fases avançadas da doença, enfrenta considerável sobrecarga. Dado que uma cura ainda não existe, torna-se imperativo introduzir abordagens alternativas na rotina, a fim de mitigar o desgaste cotidiano. A prática de atividade física emerge como uma parceira nesse processo, contribuindo para fomentar o bem-estar e permitindo que o paciente mantenha a vitalidade, mesmo por meio das atividades diárias. A psicóloga Mariana Guedes, que lidera o Grupo de Apoio a Familiares de Pessoas com Alzheimer no Hospital Rios D’Or, destaca essa perspectiva.
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Clínica da memória
No Rio de Janeiro, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) opera o serviço denominado “Memory Clinic”, o pioneiro no estado a disponibilizar uma gama abrangente de exames essenciais para o diagnóstico de demência. Esse serviço foi estruturado com a finalidade específica de avaliar indivíduos que manifestem preocupações quanto à sua capacidade de memória. Para tal, emprega os protocolos mais avançados de investigação, abarcando a avaliação clínico-neurológica, neuroimagem, avaliação neuropsicológica e também o exame do líquido cefalorraquidiano.
A natureza de centro de pesquisa do IDOR ressalta a necessidade de conduzir diversas investigações a fim de esclarecer aspectos fundamentais acerca da demência. Um exemplo é a busca por identificar quais fatores são determinantes para a progressão, ou falta dela, do estágio intermediário conhecido como Comprometimento Cognitivo Leve em direção à demência. Nas palavras do Dr. Paulo Mattos, essa questão permanece como um desafio em aberto.
Grupo de apoio a familiares de pessoas com Alzheimer
Há alguns anos, especialistas de diversas áreas se congregam e organizam um encontro mensal gratuito no Hospital Rios D’Or, voltado a familiares e cuidadores de pessoas que lidam com Alzheimer. Esta iniciativa tem como propósito contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Os familiares das pessoas afetadas pelo Alzheimer ganham conhecimento sobre o percurso que enfrentarão, mas é a eles que cabe a decisão sobre como trilhar essa jornada. Aqueles que buscam apoio, em paralelo à assistência especializada e abordagem multiprofissional destinada ao paciente, e que incorporam abordagens pautadas em afeto e humor, são capazes de enfrentar as diversas fases com maior serenidade, trazendo vantagens para todos os envolvidos. É precisamente essa orientação que é proporcionada pelo Grupo de Apoio no Hospital Rios D’Or.
Alimentos que auxiliam na prevenção do Alzheimer
À medida que as pessoas envelhecem, as memórias de muitos enfraquecem. Não há cura para a doença que afeta tantas pessoas, no entanto, além da pratica regular de exercícios existem outras maneiras de melhorar a memória, uma das quais é a sua dieta.
Existem vários alimentos cheios de vitaminas e minerais capazes de melhorar a função cerebral. Ao incluir alguns desses alimentos em sua dieta, é possível que sua memória possa permanecer aguçada por mais tempo.
Aqui está uma lista de alimentos que impulsionam o cérebro e ajudam a melhorar a memória:
1 – Frutas Vermelhas
Todos os tipos de frutas vermelhas são ótimos para combater a perda de memória. Isso ocorre principalmente porque elas contêm polifenóis, um antioxidante que tem muitas funções positivas, como a redução da inflamação.
“Para melhorar a saúde do seu cérebro, opte por frutas suculentas como amoras, framboesas, morangos, mirtilos, cerejas, uvas, cranberries e groselhas”, disse o coautor Dr. Matthew Lederman do livro “A Dieta de Alimentos Integrais: O Plano Salvador para a Saúde e Longevidade” ao Fox News Digital.
Outra coisa ótima sobre as frutas vermelhas é que elas podem ser apreciadas de muitas maneiras diferentes. Você pode colocá-las no iogurte ou cereal, misturá-las em um smoothie refrescante ou comê-las sozinhas.
2 – Espinafre
O espinafre é outro ótimo alimento para combater a perda de memória, pois está cheio de vitaminas como folato e vitaminas E e K.
Misture um pouco de espinafre em suas saladas ou cozinhe-o no fogão e adicione a outro prato. Se você não gosta do sabor do espinafre, misture-o em um smoothie de frutas. Todas as frutas mascarão o sabor do espinafre, mas você ainda obterá todos os benefícios saudáveis do vegetal sem o sabor.
3 – Chocolate
Boas notícias: realmente existem alguns benefícios à saúde do chocolate, desde que seja consumido com moderação, é claro. O chocolate contém antioxidantes que ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que ajuda o órgão a funcionar.
4 – Maçã
Uma maçã por dia não apenas afasta o médico. Elas também mantêm a memória jovem. A parte mais importante da maçã para a memória é a casca, então deixe-a na fruta.
A casca de uma maçã contém quercetina, um antioxidante que protege o cérebro da inflamação.
Corte-a em fatias, pique-a, coma-a diretamente do centro. Mergulhe-a em manteiga de amendoim, um pouco de caramelo ou coma-a como está.
5 – Ovo
A parte mágica do ovo é a gema quando se trata de melhoria da memória. A gema do ovo é a parte que contém colina, que foi mostrada como auxílio à memória.
Prepara alguns ovos para o café da manhã e combine-os com algumas frutas para um impulso extra de memória.
6 – Dieta Mediterrânea
Muitas fontes, incluindo os Institutos Nacionais de Saúde e a Harvard Health, recomendaram uma dieta baseada no Mediterrâneo para ajudar com a memória.
Uma dieta mediterrânea contém frutas, vegetais, grãos integrais, legumes, frutos do mar e gorduras insaturadas como azeite. É uma dieta focada principalmente em culinária baseada em vegetais, com pouca carne vermelha.
Fontes:
