Em palestra realizada neste mês, em Goiânia, o consultor econômico, colunista da revista IstoÉ, apresentador do programa Manhattan Connection e especialista em mercado imobiliário Ricardo Amorim, reafirmou sua plena certeza na recuperação do setor e na retomada, mesmo que parcial, do volume de vendas registrado nos últimos anos. O motivo é simples: a demanda ainda é maior que a oferta.
No entanto, segundo ele, essa recuperação dependerá bastante da retomada de confiança de consumidores e empresas, podendo, contudo, já ser sentida em outubro, após as eleições presidenciais: “Estamos tendo talvez a eleição mais concorrida e incerta da história recente do País e pessoas estão meio sem saber o que poder acontecer depois”, explica Ricardo, que não acredita em nenhuma mudança significativa antes da definição do próximo mandatário.
No entanto, segundo ele, as pessoas que esperarem para comprar após os pleito presidencial, mais cedo ou mais tarde, voltarão ao mercado, ou seja, haverá mais procura e os preços tenderão a subir: “A retomada das vendas de imóveis só deve acontecer depois das eleições, com recuperação da confiança na economia brasileira”.
O palestrante também aproveitou para rechaçar novamente a cada vez mais desacreditada teoria da bolha imobiliária prestes a estourar: “Se isso vai acontecer daqui há alguns anos, ninguém sabe, mas não hoje”. O motivo novamente é muito simples: em todos os países onde ocorreu bolha imobiliária o nível de crédito imobiliário em relação ao PIB estava próximo a 50%: “Estamos muito longe desse nível. Além disso, hoje o americano deve 20 vezes mais que o brasileiro e tem uma renda só cinco vezes maior”, sentenciou.
O preço dos imóveis
De acordo com o mais recente relatório do índice FipeZap, considerado o principal termômetro do mercado imobiliário brasileiro, o valor do metro quadrado no território nacional cresceu 13,7% no ano passado e continua sua escalada em 2014, porém em ritmo que é cerca de 35% do registrado no ano de 2011.
Veja que disseram os especialistas:
Para Ricardo Amorim: “Desaceleração econômica, boatos de estouro de bolha após a Copa e incertezas geradas pelas eleições derrubaram as vendas recentemente. Ainda assim, os preços continuaram em alta, na maioria dos casos. O volume de vendas deve se recuperar assim que a expansão do crédito volte a se acelerar”.
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