Em pesquisa da ESPM Rio sobre quarentena, moradores da cidade dizem sentir falta especialmente do chope gelado, do barulho das ondas e do abraço de amigos e parentes
Ao ficarmos isolados socialmente, deixamos de receber diversos estímulos sensoriais responsáveis por muitas de nossas lembranças. Num estado de confinamento prolongado, de quais estímulos, odores, cores, sabores, sons e texturas sentiremos mais falta? As respostas — no que se refere aos cariocas — estão numa recente pesquisa quantitativa online, realizada pela ESPM Rio, escola de negócios referência nas áreas da Economia Criativa. O estudo foi realizado entre os dias 12 e 21 de abril, pelas doutoras e pesquisadoras do cRio ESPM, Think Tank relacionado a temas do Rio, Ana Erthal e Karine Karam. Foram contabilizadas 403 respostas, 66,7% atribuídas a mulheres e 33,3 % a homens, de 15 a 65 anos de idade.
Os dados da pesquisa demonstram que o carioca gosta da cidade e sente falta do cotidiano e do ambiente urbano durante o confinamento — 80% dos pesquisados concordam totalmente ou parcialmente com a frase “Eu amo morar, viver, trabalhar no Rio”.

Sobre as lembranças sensoriais, a pesquisa indica que 62% dos cariocas dizem sentir falta de olhar o verde da natureza. Para 45% deles, é difícil não ver o movimento alegre dos bares e 39% apontaram sentir saudade de ver o vai e vem das pessoas.
Em relação ao som, o barulho das ondas do mar faz falta para 34% dos cariocas e 27% do grito de gol aos domingos.
As bebidas ganham destaque entre os sabores da cidade. Deixar de tomar aquele chope gelado é sentido com pesar para 46% dos cariocas, 44% sentem falta do vinho com os amigos, 43% do café na padaria e 32% da água de coco na praia. Empatados em 31% estão o sorvete na rua e o mate na praia. O pastel na feira também deixa saudades para 29%.
O distanciamento físico é outro aspecto abordado pelas pesquisadoras. A maioria dos entrevistados, 84%, dissesentir a falta do abraço dos amigos e parentes, 69% do afago das mãos de pais e avós.
A falta do aroma do pão da padaria é sentida por 52% dos cariocas, do cheiro da chuva para 42%, do aroma da pipoca de cinema para 41% e 38% sentem falta do cheiro da maresia.
Quarentena serviu para carioca ficar longe de poluição e transporte público cheio
E do que o carioca não sentirá falta, caso a quarentena se estenda? Do barulho de buzinas e motores de carros, das aglomerações no transporte público e o cheiro dos escapamentos.
Sobre o cRio – http://www.crio.espm.br/
Think Tank da ESPM, liderado pela pesquisadora do Laboratório de Economia Criativa, Sandra Sanches, que conta com uma série de observatórios, espaços de pensamento e núcleos de estudos relacionados ao Rio de Janeiro.
Sobre a ESPM
A ESPM é uma escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração e Economia Criativa. Seus 12 600 alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação e mais de 1 100 funcionários estão distribuídos em oito campi – quatro em São Paulo, dois no Rio de Janeiro, um em Porto Alegre e um em Florianópolis. O lifelong learning, aprendizagem ao longo da vida profissional, o ensino de excelência e o foco no mercado são as bases da ESPM.